Clientes têm prejuízos com aluguel na praia
Jaú (SP) registra dois casos de estelionato de reserva de imóveis inexistentes para as férias.
Janeiro é considerado período de alta temporada por conta das férias de grande parte dos trabalhadores e, assim, data propícia para viagens em família. Assim como o mês anterior, é durante esta época que cresce a procura por imóveis para locação em cidades litorâneas. Cuidados precisam ser tomados no ato da reserva e pagamento das propriedades para evitar golpes e prejuízos.
Em 15 dias, a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Jaú registrou dois boletins de ocorrência por estelionato. Em ambos os casos, as vítimas alugaram residências para passar as férias na praia, depositaram parte do valor e foram surpreendidos com a inexistência do imóvel.
De acordo com o delegado assistente da Delegacia Seccional de Jaú, Euclides Salviato Junior, é necessário buscar informações sobre o negócio e o proprietário. “É difícil prevenir esse tipo de golpe por estar nas redes sociais”, comenta.
Salviato avalia que é necessário coletar o máximo de dados possíveis sobre o local, como a disponibilidade para o aluguel e a existência do mesmo, antes de enviar qualquer valor. “Pedir recomendações para pessoas que já se hospedaram, ou fazer contato com algum morador próximo de onde está o imóvel, conferir os dados da conta corrente com o banco são algumas alternativas”, acrescenta o delegado.
Uma opção para evitar fraudes é negociar direto com o proprietário pessoalmente ou em imobiliárias, para obter informações sobre o imóvel, ver fotos e fazer contato com pessoas que já alugaram a residência. Já para quem não abre mão da facilidade da internet, há sites de reservas por temporada bastante conhecidos que já apresentam os comentários de outros locatários, com suas respectivas notas para o imóvel. A dica é fazer contato com o máximo de pessoas possíveis para avaliar a veracidade do anúncio.
O coordenador do órgão de Proteção ao Consumidor (Procon) de Jaú Geraldo Mozart Henrique Júnior comenta que o consumidor precisa estar sempre atento. “Lugares muito atrativos com preços muito abaixo do valor do mercado causa desconfiança.”
Golpe
Mesmo se atentando às precauções necessárias, o cliente pode ser enganado e cair em um golpe. Assim, antes de fechar negócio, guarde todas as informações fornecidas pelo anunciante, como nome completo, endereço do imóvel, fotos, dados da conta bancária e apresente no momento do registro do boletim de ocorrência.
Os dados serão necessários para auxiliar a polícia a identificar o servidor usado para fazer a propaganda e tentar chegar até o autor. “Eles são muito espertos. Podem até ir até o local, conferir se está para alugar e tirar foto da casa para colocar no falso anúncio”, comenta o delegado.
É possível entrar com ação pelo não cumprimento do contrato junto ao Procon. “No entanto, se não existirem os dados, é um complicador. É possível pedir quebra de sigilo para ter acesso às informações da conta em que o valor foi creditado”, completa o coordenador do Procon.
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